terça-feira, 8 de outubro de 2013
UMA CONTRIBUIÇÃO DA PSICANÁLISE: Uma criança pequena tem o direito de viver como criança “[...] Os adultos podem adotar a velocidade quando gostam ou lhes faz bem, mas impô-las às crianças leva-as a pagar um preço muito alto. A aflição para que cheguem mais depressa e mais longe sem saber muito bem aonde, para que saibam mais e estejam mais bem preparadas para um futuro ameaçador, parece ser uma piada surrealista. O futuro ou o êxito das crianças em uma sociedade competitiva depende mais da estrutura emocional, do amor, do olhar, da proteção, da compreensão de seu ser criança e da brincadeira criativa do que do inglês que possam aprender aos 4 anos. Ou da escola 'extremamente prestigiada' que, por interesse econômico, abriu espaços para jardim de infância sem que tivesse conhecimento real da necessidade afetiva dos pequenos. Mais tarde, estou falando de alunos da escola primária e de adolescentes, os psis poderão optar por um colégio mais difícil, exigente e competitivo que não ofereça riscos à personalidade de seus filhos. Mas quando se trata da escola maternal ou do jardim de infância, os pais, os professores e os profissionais da educação tem a obrigação de não enganar e não se deixar enganar. Uma criança pequena tem o direito de viver como criança, agitando-se entre fadas e duendes e transformando com suas varinha de condão e príncipes e princesas tudo o que a cerca. As escolas maternais e jardins de infância deveriam acompanhar esses processo, informando aos pais que o jardim será maravilhoso se as crianças também puderem passar muito tempo em casa, em contato com a família, sem outra obrigação que não seja a de serem elas mesmas. E informando que para isso são necessários adultos que tenham vontade de se comprometer com o mundo interior ao qual serão levados, inevitavelmente, pelas crianças. Comprando menos brinquedos, assistindo menos televisão, brincando menos com o computador e pedindo às crianças que os ajudem a varrer ou a por a mesa. Porque brincar de mãe com a própria mãe e pura mágica [...]". Leia mais em MATERNIDADE de Laura Gutman. (retirado de http://orientandonossosfilhos.blogspot.com.br/) - Postado por Cristiane Pimentel
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O trecho final deste texto foi citado na última prova de Psicanálise e Educação que fiz, e me deparei com uma realidade bem minha... o que me sensibilizou extremamente: meu dia a dia com minha Júlia, de três anos e meio. Quantas vezes estou na cozinha fazendo alguma tarefa ou elaborando as refeições e ela, com toda alegria e espontaneidade do mundo vem e se oferece: "Mamãe, deixa eu te ajudar a fazer o papá!", e na correria do dia eu digo para que ela fique com o pai na sala, brincando com seus brinquedos... nossa! Caí na real depois deste texto!! A melhor e mais encantadora brincadeira que ela pode e quer viver é compartilhar sua infância e sua imaginação comigo, brincar de mamãe e filhinha, de fazer comidinha, de pique-esconde, de princesa e bailarina, de cabaninha com lençol na cama, com a sua primeira e melhor amiga: Eu. Vamos brincar mais com os nossos filhos, a despeito de qualquer compromisso, eles (os filhos) são a nossa mais rica herança. Beijos em todos.
ResponderExcluirCompartilho da mesma opinião Cris. Não vejo a hora da Sophia crescer e se oferecer para brincar de casinha comigo rsrs. As minhas melhores lembranças da infância são dos momentos em que brincava de ajudar minha mãe na cozinha, amassar purê, massa de pizza ou pão, misturar salada de maionese rsrs. Isso além de prazeroso gera aprendizado significativo, pois manipulamos o real, vivênciamos de fato!
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